Quero ser o paralelo, o universo tridimensional dos buracos negros, a falta de gravidade dos oceanos. As linhas horizontais retilíneas me assustam e a gravidade pesada dos mundos alinhados me cansa, enlouquece.
É a loucura dos sóbrios e o deleite dos carentes a necessidade primitiva de comentar sobre as polêmicas diárias. Em um mundo que todos estão vivendo em sua própria realidade fantástica, alguns, por instinto selvagem, acreditam que possuem um delírio de conhecimento e sabedoria sobre cada novo causo. A internet cumpriu seu papel, deu a voz para expressarem o que é ele veem na sua realidade fantástica.
Ver o mundo de hoje é igual a acompanhar um hospício feito pelos homens iludidos que possuem todo o conhecimento, mas na verdade, o conhecimento deles são um copo da água em um oceano que não termina. Por isso quero ficar de fora da loucura não saudável e soberba desses homens. Meus artigos poderiam comentar o tudo, mas vão comentar o nada. Sei que não há verdade, mas sim verdades no plural, não tenho a necessidade de expor a minha verdade.
O tudo de hoje em dia que poderia eu comentar é a briga diária dos que não querem escutar, e por isso, ficam amarrados em suas opiniões pesadas, acorrentados.
Comentar a intolerância dos fanáticos, o egos dos mesquinhos, a radicalização dos políticos me dá enjoo, mas comentar o nada do sentimento da alma me liberta, me agrada, me completa.
É isso o que vou continuar fazendo, até mudar de opinião novamente ou até eles se libertarem de suas opiniões e fugirem de seus hospícios internos.