sábado, 12 de outubro de 2024
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F1: “Sem Mercedes”, Vettel e Ferrari dominam na noite de Cingapura

Vettel celebra mais uma vitória, a 42ª da carreira, que o coloca como o terceiro maior vencedor da história da F1 (AP)
Vettel celebra mais uma vitória, a 42ª da carreira, que o coloca como o terceiro maior vencedor da história da F1 (AP)

Não foi a primeira vitória da Ferrari na temporada 2015 da F1, mas talvez esta no traçado noturno de Cingapura seja a que tem o maior peso e valor dentre as conquistas da casa de Maranello neste ano pintado de prata. Com uma atuação limpa e consciente, digna de um tetracampeão, Sebastian Vettel faturou o terceiro GP do ano, sem sombra das Mercedes no que foi o segundo pódio do ano sem os carros alemães, verdadeiros coadjuvantes da prova e de quem, especialmente Lewis Hamilton, se esperava muito.

Foi a 42ª vitória de Vettel, que ultrapassou Ayrton Senna (41) nas estatísticas e agora é o terceiro maior vencedor da história, atrás apenas de Alain Prost (51) e o recordista Michael Schumacher (91) e  e . A vitória em Marina Bay começou ainda nos treinos de sábado, quando a Ferrari foi a forra ao quebrar o longo jejum de poles que perdurava desde 2012, quando Fernando Alonso largou com o carro rosso na primeira posição do GP da Alemanha.

Daniel Riccardo acelera a Red Bull. Depois de corridas pífias, um terceiro lugar (AP)
Daniel Riccardo acelera a Red Bull. Depois de corridas pífias, um terceiro lugar (AP)

Na largada, os três primeiros do grid (Vettel, Daniel Riccardo e Kimi Raikkonen) praticamente mantiveram as posições e assim ficaram a maior parte da corrida até o fim. Riccardo chegou a buscar, por algumas voltas, uma aproximação de Vettel, sem sucesso. Foi um bom resultado para o australiano da Red Bull, que nas ultimas corridas conviveu com problemas e pífias atuações diante dos problemas de desempenho do carro, muito mais relacionados ao anêmico motor Renault.

As grandes emoções, no entanto, estiveram no pelotão do meio, com constantes trocas de posição e toques de corrida entre os pilotos. Felipe Nasr foi um destes que teve de brigar muito com o Sauber e com os outros pilotos durante a prova. Depois de muito esforço com um equipamento deficitário, o brasileiro foi premiado com um ponto (10º lugar) depois de lutar firme contra a Lotus de Romain Grosjean nas últimas voltas.

Felipe Nasr na luta pessoal contra as deficiências do Sauber e os concorrentes. Terminou em 10º, somando mais um pontinho (AP)
Felipe Nasr na luta pessoal contra as deficiências do Sauber e os concorrentes. Terminou em 10º, somando mais um pontinho (AP)

Neste bolo todo, a Mercedes passava desapercebida dos olhos de quem esperava assistir em Cingapura o alcançar de Lewis Hamilton no ídolo de infância, Ayrton Senna, no número de vitórias. Ficou na esperança. Partindo de quinto, o inglês mal foi notado durante a corrida, apenas quando teve de recolher-se da prova sofrendo com constantes problemas no acelerador do carro. Sobrou para Nico Rosberg salvar a honra das flechas de prata. Único lutador numa temporada virtualmente ganha pelo companheiro, Nico terminou num modesto quarto lugar, muito bom para o fraco desempenho dos motores alemães no circuito asiático.

Hamilton nos boxes. Esperava-se que o inglês igualasse o número de vitórias de Senna. Largou apenas em quinto, passou a corrida desaparecido e abandonou com problemas no acelerador (AP)
Hamilton nos boxes. Esperava-se que o inglês igualasse o número de vitórias de Senna. Largou apenas em quinto, passou a corrida desaparecido e abandonou com problemas no acelerador (AP)

Falando-se nos motores Mercedes, a Williams também não teve uma vida fácil em Marina Bay, como muitos não esperariam que fosse, graças a alguns melhoramentos visando melhor performance em pistas mais lentas. Valtteri Bottas foi o melhor do team de Grove, completando em quinto. Já Felipe Massa teve um fim de semana para esquecer. Largou em nono, sofreu com o desempenho complicado dos carros ingleses em pistas de baixa velocidade e, para completar, acabou se envolvendo num acidente provocado por Nico Hulkenberg quando deixava os boxes. Salvo da batida, o brasileiro abandonaria voltas mais tarde, com problemas no câmbio.

Apesar de constantes trocas de posição, a corrida não teve grande emoção no contexto geral, mas um momento curioso vale de nota, quando um cidadão invadiu a pista na metade final da prova. Aparentava estar perdido ou desorientado e circulava rente ao guard-rail da pista, atravessando-a em um dado momento. O incidente obrigou a entrada do segundo safety-car da prova, que já havia entrado no incidente com Massa e Hulkenberg. Fora este detalhe a mais, a noite de Cingapura foi sonolenta como toda e qualquer noite. A exceção para Vettel e a Ferrari, que não vão dormir tão cedo no outro lado do mundo.

Massa e fechado por Nico Hulkenberg na saída dos boxes. O alemão da Force India bate e abandona. Massa teve um fim de semana difícil e abandonaria voltas depois, com problemas no cambio (AP)
Massa e fechado por Nico Hulkenberg na saída dos boxes. O alemão da Force India bate e abandona. Massa teve um fim de semana difícil e abandonaria voltas depois, com problemas no cambio (AP)

Os 10 mais – Corrida

1 – Sebastian Vettel (Ferrari)
2 – Daniel Riccardo (Red Bull-Renault)
3 – Kimi Raikkonen (Ferrari)
4 – Nico Rosberg (Mercedes)
5 – Valtteri Bottas (Williams-Mercedes)
6 – Danill Kvyat (Red Bull-Renault)
7 – Sergio Perez (Force India-Mercedes)
8 – Max Verstappen (Toro Rosso-Renault)
9 – Carlos Sainz Jr. (Toro Rosso-Renault)
10 – Felipe Nasr (Sauber-Mercedes)
ABN – Felipe Massa (Williams-Mercedes)

Os 6 mais – Campeonato

1 – Lewis Hamilton (252)
2 – Nico Rosberg (211)
3 – Sebastian Vettel (203)
4 – Kimi Raikkonen (107)
5 – Valtteri Bottas (101)
6 – Felipe Massa (97)
13 – Felipe Nasr (17)

A F1 segue o tour pela Ásia no próximo domingo (27/09), com o GP do Japão, no veloz e tradicional autódromo de Suzuka. A corrida é de madrugada no Brasil (3h30), então prepare o relógio e durma um pouco mais a tarde de sábado. Ou então, não perca os relatos a cada corrida das emoções da F1 aqui no FAROL.

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