Denunciado pelo Farol em novembro deste ano, o esquema de estelionato que pedia dinheiro em troca de contratos de “exploração de ouro” foi desmantelado nesta terça-feira (21) pela operação Ouro de Ofir, que envolveu a Polícia Federal, Receita Federal e o Ministério Público Federal.
A organização criminosa vinha atuando em vários estados induzindo suas vítimas a investirem dinheiro com a promessa de recebimento futuro de quantias milionárias de uma suposta repatriação de dinheiro oriundo ao comércio de ouro.
Ao todo foram 11 mandados de busca e apreensão em residências e empresas supostamente ligadas à organização criminosa, bem como 4 mandados de prisão temporária e 4 de condução coercitiva.
Até o momento, foram apreendidos mais de R$ 1 milhão e aproximadamente 200 quilos de pedras preciosas. Uma das causas da investigação foi o salto no patrimônio de um dos investigados de R$ 11 mil para R$ 4 bilhões em um ano.
De acordo com a Receita Federal, o golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais. A PF estimou que 25 mil pessoas foram enganadas.
O nome da operação faz referência a uma passagem bíblica, na qual o ouro da cidade de Ofir era finíssimo, puro e raro, sendo o mais precioso metal da época. Ofir nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.