O uso desenfreado de aplicativos de troca de mensagens como Whatsapp pode ser prejudicial a saúde e já tem até nome, whatsappite. Uma médica espanhola diagnosticou uma paciente de 34 anos com essa “doença” após ela ter problemas nos dedos e nos pulsos por digitar por seis horas no aplicativo.
E o pior é que este uso desenfreado já virou habito entre jovens, adultos e até idosos. É dentro do ônibus, durante a caminhada, na faculdade e olhe, tem gente que faz isto até dirigindo, uma infração grave de trânsito.
A ‘whatsappite’ pode ocasionar lesões por esforço repetitivo (LER), é o que explica a fisioterapeuta do trabalho e diretora da Long Life Fisioterapia, Claudia Wanderck. “Além [das lesões nos dedos e pulsos], os ombros podem ficar lesionados por conta da posição flexionada. Devido à luminosidade excessiva e ao esforço de ler as letras pequenas, a visão também fica prejudicada” destaca Claudia.

Para evitar problemas e mesmo assim ficar conectado, Claudia recomenda usar o smartphone por, no máximo, 15 a 20 minutos ininterruptos, mas sem descuidar da postura. “A posição que as pessoas ficam para visualizar o celular de forma contínua, sem intervalo, pode trazer danos, sim” explica a fisioterapeuta.
Nos momentos em que você não está utilizando o aplicativo, é recomendável cuidar da visão. “Durante as pausas, é importante fechar um pouco os olhos e protegê-los com as mãos para tirar a luminosidade. Outra dica é massagear a área com as pontas dos dedos” finaliza Claudia.