sábado, 9 de novembro de 2024
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Eterna Batalha

Os terroristas que barbarizaram Paris não fizeram aquilo por serem oprimidos e discriminados pela sociedade francesa. Opressão e discriminação são comuns no mundo todo. Fizeram aquilo por serem soldados de uma facção extremista, violenta e relativamente popular do islamismo em guerra pela restauração do califado.

Na sexta-feira (13) transportaram a loucura da Síria e do Oriente Médio para Paris. Mesmo que EUA, Rússia e Europa formem coalizão fenomenal e aniquilem o Estado Islâmico, outro grupo do mesmo tipo o sucederá, como o EI sucedeu a Al-Qaeda.

Esses grupos têm origem e sustentação no desarranjo das sociedades árabes, oprimidas há décadas por ditaduras brutais e mesquitas radicais. Os atentados de Paris seguem a mesma estratégia da Al Qaeda de buscar alvos icônicos e ações espetaculares com máxima letalidade, mas com visão voltada à era da globalização e da comunicação.

Soldados na Torre Eiffel
Soldados na Torre Eiffel

E o terrorismo é a forma mais brutal de comunicação. É uma mensagem de ódio e violência abraçada com assustadora naturalidade em sociedades já brutalizadas e radicalizadas.

É comum parentes, amigos e vizinhos de terroristas atrozes dizerem que eles até então pareciam pessoas normais, em lares normais. Este é o ponto. Paris pelo menos comoveu o mundo e mobilizou exércitos. Vamos ver por quanto tempo. Será uma batalha que o Estado Islâmico e os jihadistas anseiam. Ao reivindicar a autoria dos ataques em Paris, o grupo fez questão de lembrar a importância da França para eles na eterna batalha entre a Europa cristã e o islã.

Fonte: Conib

Sérgio Campregher
Sérgio Campregher
Sérgio Campregher é historiador pela Uniasselvi/Fameblu e fala sobre política nacional e internacional e curiosidades. Escreve de Blumenau.
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