467 soldados brasileiros tombaram na Itália entre 1944 e 1945. Seus nomes estão gravados no mármore do Mausoléu da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no Rio de Janeiro com mais de 1,4 mil civis e militares desaparecidos no mar, em consequência da blitz submarina que atingiu 33 navios mercantes nacionais.
Apenas em agosto de 1942 seis navios foram torpedeados em quatro dias, desaparecendo no mar 600 patrícios inocentes, quando diante do clamor popular, em 31 de agosto de 1942 o governo de Getúlio Vargas reconheceu o estado de beligerância com as Potências do Eixo.
Em 2012, no pátio do Museu Militar Conde de Linhares, o general Marcio Tadeu Betega Bergo, então Diretor do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército – (CEPHiMEx), juntamente com o vice-presidente do Conselho Deliberativo da Casa da FEB, 2º Tenente de Infantaria Israel Rosenthal, cortavam a fita da re-inauguração do canhão 170mm alemão. É uma das milhares de peças de armamento capturadas quando da rendição da 148ª Divisão de Infantaria alemã.
Aos 91 anos, tenente Rosenthal voltou ao velho quartel, assistindo com grande interesse a todas as palestras, e recebendo homenagens emocionadas de diversos palestrantes. Como único ex-combatente presente, teve direito ao Toque de Presença.
O canhão de grande porte foi fabricado em 1942 pela KRUPP, tendo causado inúmeras baixas nas nossas fileiras. Tombaram 467 soldados na Itália, hoje sepultados no Mausoléu da FEB junto aos nomes gravados no mármore de mais de 1,4 mil civis e militares desaparecidos no mar em consequência da blitz submarina.