A vara criminal de Gaspar negou na tarde desta quarta-feira (27) o pedido de revogação da prisão preventiva do motorista Evanio Wylyan Prestini, envolvido no acidente que matou duas jovens no sábado (23).
Em sua decisão, a juíza Camila Murara Nicoletti afirmou que “é inconteste a gravidade concreta do crime, tanto pela morte prematura de duas jovens e o risco de morte para outras três, quanto pela forma como se deu a conduta delituosa. O exame de alcoolemia e os vídeos apresentados, demonstram que o requerente conduziu veículo automotor sob efeito de bebida alcoólica por longo trecho, expondo em risco a vida de inúmeras pessoas que trafegavam pela rodovia BR-470.”
O advogado de defesa Cláudio Gastão havia solicitado a revogação argumentando que a “a indignação popular não serve como motivação para validar decreto de prisão preventiva”. Porém, a juíza declarou que “a gravidade do delito e o modus operandi justificam o decreto prisional como garantia da ordem pública”.
A defesa também havia solicitado a transferência, já que a família não pode ir a Blumenau por ter recebido ameaças por telefonemas e outros meios, além de que haveria um parente de uma das vítimas na mesma unidade prisional. Sobre a pauta, a juíza afirmou que o pedido “deverá ser formulado à Administração Prisional a que se encontra vinculado e dependerá da avaliação administrativa”.