A disparada no preço das commodities e os altos juros no Brasil continuam a empurrar para baixo o dólar. Em mais um dia de forte queda, a moeda norte-americana fechou ontem (23) no menor valor desde março de 2020. em R$ 4,84.
Esta foi a sexta queda seguida da moeda norte-americana, que está no valor mais baixo desde 13 de março de 2020, quando tinha sido vendida a R$ 4,81. Com o desempenho, a moeda acumula queda de 6,04% em março e de 13,12% neste ano.
Dois fatores contribuíram para manter a entrada de capitais externos no Brasil. O primeiro foram os juros altos. Atualmente em 11,75% ao ano, a taxa Selic está no maior nível desde abril de 2017 e deve subir mais 1 ponto na próxima reunião, em maio. As taxas altas mantêm o interesse dos investidores que buscam aplicar recursos em mercados de maior risco, como países emergentes.
O segundo fator decorre de um efeito indireto da guerra entre Rússia e Ucrânia: a disparada das commodities. Os preços mais altos estimulam a entrada de divisas em países exportadores de produtos agrícolas e ambientais, como o Brasil. Hoje, a cotação do barril de petróleo do tipo Brent voltou a subir e fechou em US$ 120.
