
Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Blumenau realizaram uma paralisação temporária na manhã deste sábado (16) em três terminais. O protesto é por clausulas no acordo coletivo que anulem as novas leis do trabalho
De acordo com o Sindicato dos Empregados das Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau (Sindetranscol), as manifestações são contra a “demora nas negociações coletivas deste ano”.
Apesar da empresa BluMob oferecer o reajuste e a manutenção dos direitos vigentes, a categoria reivindica clausulas que anulem os efeitos das novas leis do trabalho, como, por exemplo, a terceirização de alguns setores.
O clima é de apreensão nos trabalhadores e também nos usuários. Porém, a justiça definiu que, em caso de paralisação, no mínimo 30% dos veículos devem circular em horário normal. Já nos horários de pico, 70% da frota precisa rodar.
Confira a lista de reivindicações da categoria:
– A proibição de terceirização de qualquer atividade. (Trabalhadores terceirizados não são regidos pela mesma CCT, podendo ser contratados com salários menores, sem vale alimentação e em piores condições de trabalho);
– A garantia de ultratividade da CCT, caso não ocorra nova negociação. Ou seja, a garantia da preservação dos direitos já negociados;
– A não validação de rescisão contratual sem a prévia negociação com a entidade sindical;
– A garantia que a comissão de representação de empregados prevista na nova lei, caso venha a ser constituída, não poderá tratar de assuntos ajustados na CCT, o que impedirá a redução dos direitos conquistados.
– A prevalência da CCT sobre qualquer acordo individual ou coletivo.
Além das cláusulas econômicas:
– Reposição salarial de 1,83% referente à inflação do período compreendido entre 1º de novembro de 2016 a 31 de outubro de 2017;
– Aumento real de 3% e;
– Reajuste no Vale Alimentação de R$ 700 para R$ 820.