quarta-feira, 24 de abril de 2024
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Tradição Prussiana

Ex-secretária do ministro da propaganda nazista Paul Joseph Goebbels está morta. Brunhilde Pomsel morreu com a idade de 106 anos na noite de sábado em Munique, confirmou segunda-feira o cineasta Christian Krones que produziu o documentário “Uma vida alemã” sobre as memórias de Pomsel. Brunhilde começou a trabalhar no ministério da propaganda nazista em 1942 como secretária pessoal do ministro da propaganda nazista Paul Joseph Goebbels – maestro e inspirador do Peronismo na Argentina. Ela estava muito próximo do regime terrorista que foi responsável pelo Holocausto e a Segunda Guerra Mundial. Dos planos dos nazistas, no entanto Pomsel afirmou que nada viu ou ouviu. “Nada ficamos sabendo. Tudo era muito secreto” disse ela no documentário, que deverá entrar em cinemas alemães no dia 6 de abril de 2017. Só depois da guerra tornou-se ciente da magnitude do Holocausto.

Brunhilde Pomsel nasceu em 11 de Janeiro 1911 e cresceu em Berlim, seus pais seguiram a estrita conformidade tradição alemã: “sentido prussiano de dever, e auto-subordinação”. Durante a guerra permaneceu em cativeiro russo. Após a sua libertação, Pomsel trabalhou novamente como secretária em 1950, inicialmente para o Südwestrundfunk em Baden-Baden, e mais tarde também para a ARD em Munique. Lá ela viveu até a sua morte, em uma casa de repouso.

FIEL AOS PRINCÍPIOS – Brunhilde Pomsel, ex- secretária do ministro da propaganda nazista Paul Joseph Goebbels (Christof Stache/AFP/Getty)

É relevante relembrar que o presidente alemão Richard Von Weizsäcker, em 1985 (com Ronald Reagan e Helmuth Kohl em Bitburg) afirmou em discurso: “a responsabilidade histórica é da Alemanha e dos alemães para os crimes do nazismo. Há uma ligação inseparável entre a ocupação nazista da Alemnha e as tragédias causadas pela Segunda Guerra Mundial”.

Ao contrário da forma como o fim da guerra, ainda era vista pela maioria das pessoas na Alemanha na época, o presidente alemão enfatizou que o dia 08 de maio de 1945 seria encarado como um “dia da libertação” o fim de um caminho errado na história da Alemanha. E que os horrores sofridos pelos alemães nos últimos dias da guerra eram resultado direto de 30 de janeiro de 1933.

Von Weizsäcker enfatizou ainda que o genocídio de 6 milhões de judeus europeus era um evento histórico único e insistiu em afirmar que cada alemão pôde testemunhar o que os seus concidadãos judeus tiveram que sofrer.

Pomsel acreditava que os judeus deportados foram transferidos para os Sudetos, uma porção da Tchecoslováquia anexada pela Alemanha em 1938 e que os campos de concentração eram instalações correcionais para pessoas que haviam perturbado a paz. Esta foi a propaganda oficial permanente do regime nazista.

Brunhilde Pomsel foi fiel a sua lei e fiel ao seu antigo amor, afirmou até o final, mesmo lendo e traduzindo memorandos secretos que nada sabia e seguiu o lema de seu chefe Paul Joseph Goebbels: mentir, mentir, mentir que, eventualmente, você vai acreditar.
Goebbels ainda é o favorito dos meios de comunicação “progressistas” do século XXI, seus jornalistas amordaçados e gerentes de propaganda repetem uma mentira mil vezes (muito além da recomendação de Goebbels de 100 vezes), para fazê-la parecer uma verdade, E incitar o frenesi da multidão. A prova está por toda parte.

O autor é Historiador.

Sérgio Campregher
Sérgio Campregher
Sérgio Campregher é historiador pela Uniasselvi/Fameblu e fala sobre política nacional e internacional e curiosidades. Escreve de Blumenau.
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