sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Sonda New Horizons chega em Plutão após nove anos e meio de viagem

Nunca na história deste universo, um veículo espacial chegou tão longe. Nessa terça-feira (14), a sonda New Horizons, que saiu da Terra no ano de 2006, vai ficar a exatos 12.472 km (7.750 milhas) de Plutão. Lançada pela Nasa, a New Horizons tem como objetivo trazer informações sobre o planeta-anão (entenda por que Plutão é um planeta-anão) e vai completar uma rota de 4,77 bilhões de km.

Desde quando a New Horizons saiu da Terra, foram apresentadas imagens que revelaram detalhes de Saturno e Netuno. Quando começou a se aproximar de Plutão, a sonda já fez imagens do planeta-anão. Em uma delas, foi revelada uma cor avermelhada de Plutão. Em outra revelava Charon (a maior lua) orbitando sobre o planeta-anão. Há, ainda, a imagem que mostrava as duas faces do planeta.

Além de ser a primeira missão que explorou Plutão, a Nasa aponta que a New Horizons quebrou alguns recordes. É a primeira a chegar a um planeta congelado anão, a explorar o Cinturão de Kuiper (área onde fica Plutão), a primeira desde 1970 a explorar um planeta desconhecido e a nave mais rápida da história: a velocidade chegou até a 21 km/s.

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Inforgráfico New Horizon (EBC)

Mas a Nasa não gastou cerca de US$ 720 milhões apenas para quebrar recordes. De acordos com pesquisadores da área, a chegada da New Horizons vai auxiliar nos estudos sobre e sobre como era a vida na Terra há bilhões de anos. Para o professor de física da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Soares, essa é a principal contribuição da New Horizons.

“É difícil dizer como era a Terra há 4 bilhões de anos. Como Plutão não teve modificações por conta da distância do Sol, é possível ter um panorama de vida há milhões de anos”, explica.

O pesquisador do Observatório Nacional Júlio Camargo diz que as imagens e informações enviadas para a Terra vão servir como ponto de partida para novos trabalhos sobre os planetas: “Sem dúvida, a ciência planetária vai se beneficiar com os dados divulgados”.

Já o engenheiro aeroespacial italiano Steffano Scutti levanta que a New Horizons fecha a primeira etapa em relação a exploração espacial no sistema solar: “Agora todos os planetas clássicos foram visitados pelo menos por uma vez”. Vale também destaca que a missão deve reservar mais novidades depois de passar por Plutão: “Vale lembrar que a missão não é só para visitar Plutão, mas também descobrir outros objetos do Cinturão de Kuiper”.

Com informações de EBC

Redação
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