sábado, 12 de outubro de 2024
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Sob as nuvens

Sem título

O vapor da terra vai e vem pelo céu. Ele vem vezes com força, forte, áspera, rude. E á vezes vai lento, poético,pausado.

O vapor da terra foi apelidado pelo sábio popular de “nuvem”,  poderia ser apelidado de algodão doce, por exemplo (apelido que cairia muito bem por sinal) mas ela foi apelidada pelo fazendeiro fofoqueiro dos anos A.C de nuvem. Se olhos pausarem com profundidade nelas se percebe que é muito mais que vapor da terra e a aparência de algodão doce, a nuvem traz a poesia, a poesia das mais tristes com as chuvas que insistem em não deixar para traz a terra molhada. Poesia trágica quando sua falta faz falta ao capim da terra seca, ou será a poesia das mais livres quando aparece na medida que a terra necessita.

O que seria do lindo céu azul sem os dias tristes de nuvens cinzas? Com certeza ele perderia sua característica do muito belo, porque o muito belo cabe para aquilo que não é banal, tudo que virou banal não é mais tão belo, é apenas belo. Sem as nuvens cinzas não há a esperança dos dias melhores, somente a esperança dos dias chuvosos de renascimento.

A ciência, os elementos universais, e a química desse mundo dos loucos podem sempre encaixar e relatar momentos da vida, se olhado com a devida profundidade dos cegos.

Sob as nuvens talvez exista algo mais, talvez exista gente tentando achar a gente, talvez exista o céu querendo cair em cima de nós ou somente exista a curiosidade humana derramada pelos homens que percebem que a vida de tão profunda sozinhanão basta.

Felipe Gabriel Schultze
Felipe Gabriel Schultze
Formado em Direito, escreveu os livros 'Federalismo Brasileiro' e 'Sede de Liberdade'. Escreve sobre reflexos do cotidiano.
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