A síndrome do pânico trata-se de um transtorno de ansiedade, onde há o medo sem fundamento de que algo ruim possa acontecer a qualquer momento. A partir da primeira crise é comum o medo e a ansiedade antecipatória de ter outra, por isso o indivíduo teme estar sozinho ou enfrentar multidões.
A crise começa de repente e tem por duração normalmente cerca de 15 minutos, porém em alguns casos os sintomas podem permanecer por até uma hora ou mais. A doença altera todo o comportamento do indivíduo, seja em casa, na escola ou no trabalho, tudo por medo de um novo ataque do pânico.
As pesquisas indicam que a causa pode ser genética, porém não é um predominante, já que a síndrome acontece em pessoas sem um histórico familiar da doença. Já o estresse é apontado como um dos principais causadores, sendo responsável por 80% das crises de pânico.
As drogas representam outro enorme fator de risco, sendo desde os energéticos, que são na realidade estimulantes do sistema nervoso, até evidentemente as outras drogas ilícitas. As pesquisas apontam que a doença atinge duas vezes mais as mulheres do que os homens e principalmente entre os 25 e 30 anos, sendo raros os casos em crianças.
Os sintomas da síndrome de pânico podem ser facilmente confundidos com um infarto, fazendo com que grande parte das pessoas portadoras da doença busque tratamento em hospitais e prontos-socorros.
Os principais sintomas da síndrome do pânico são: taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de calor e frio, tontura, sensação de ter um enfarto / derrame, ter um desmaio, pressão na cabeça, medo de sair de casa, sensação de perigo de morte, medo de fazer coisas simples como viajar, dirigir ou ir a lugares com muita gente.
No tratamento da síndrome do pânico são utilizados medicamentos, habitualmente antidepressivos, acompanhado da psicoterapia. Apesar da gravidade dos sintomas, a síndrome do pânico apresenta bom prognóstico ao tratamento, com cerca de 70 a 90% de recuperação. A psicoterapia ajuda a trabalhar a ansiedade, as fobias e mudar as atitudes perante a doença. Vale resaltar que a vontade do paciente em se curar é fundamental para o funcionamento e resultado positivo do tratamento.