quinta-feira, 28 de março de 2024
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Pirâmide MMM cresce no mercado de moedas digitais

Esquema ponzi MMM tem cada vez mais adeptos no Brasil

O Brasil é terreno fértil não só para a agricultura, mas também para crimes financeiros. No período de crescimento de investimentos em moedas digitais, como Bitcoin, também se proliferam o número de esquemas e golpes. Até mesmo a Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública sobre o tema.

São muitos os sites chamados de scan, tradução de varredura. Eles pedem baixos investimentos para altíssimos lucros, de até 100% ao mês, mas são desativados após algumas semanas, sumindo com as moedas das vítimas. Alguns deles continuam ativos devido a entrada de novos investidores, como o MMM.

Criado na Rússia em 1989 por Sergei Mavrodi, o sistema MMM é considerado um esquema Ponzi, uma pirâmide, mundialmente. O rendimento prometido é de 50% ao mês, mas na realidade é mantido unicamente pelos investidores que chegarem posteriormente.

O esquema já entrou em colapso em diversos países, como na China e Índia, e mantém filiais em outros países subdesenvolvidos. Em seu site no Brasil, a MMM afirma ter cerca de 244 milhões participantes no mundo. A adesão de novos membros é cada dia maior em comunidades brasileiras de moedas digitais.

A repercussão mundial é tão grande que 2011 foi lançado o filme The PyraMMMid, pela Universal Studio, que relata a trajetória de Mavrodi e da quebra do esquema na Rússia, que ocorreu quando muitos participantes começaram a retirar mais que investir, fazendo com que o sistema entrasse em colapso.

Investir em moedas digitais pode ser uma boa opção, porém é preciso ter cuidado com esquemas que prometem demais. Em setembro o Farol trouxe o relato de um esquema de estelionato que faz vítimas no Vale do Itajaí. Você também pode ler o artigo Até onde vai a boa fé do brasileiro?.

Filipe Rosenbrock
Filipe Rosenbrock
Jornalista e analista de dados! Um dos criadores do Farol Blumenau
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