Hoje faço novo ano. Mais 364 dias para descobrir esta caixa de bombons que se chama vida. Confesso que em meus dias aqui na terra incorporei uma antiga frase francesa: “Por que não? ”
Por que não comemorar a amizade com risos altos? Por que não desmarcar compromissos tediosos e massantes para ficar com a família?
Por que não?
Hoje, em minha vida, compreendo as paixões com a ambiguidade de Hilda Hilst quando ela escreve: “meu silêncio é amor”, mas enfatizo a importância de estar amando quando Drumond questiona “o que pode uma criatura, dentre outras criaturas amar e desamar? “.
Graciliano Ramos sempre esteve comigo quando profetizou que “a vida quer da Gente coragem”.
Da importância da família Mario Quintana ilustrou de forma perfeita quando disse que “cabe o infinito”. Dos amigos, a poeta Yource acertou ao declamar “que a amizade é um passo de dança bem sucedido”.
Bobbio me ensinou a “seguir a democracia como um faixo de luz luminoso”. Bem como Drummond colocou os pés no chão ao escrever que “não posso explodir a ilha de manhattam sozinho”.
Dalai Lama acalentou a alma ao me fazer compreender que “felicidade é compaixão”. Não esqueço de Rita Lee nas horas tristes afinal, quem nunca foi “a ovelha negra?”
Mas que eu siga como Fernando Pessoa: ” um balde transbordado”.