sexta-feira, 19 de abril de 2024
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O mundo é dos intensos

O título que dá nome ao artigo foi retirado de uma conversa de Whatsapp. Minha amiga e eu, estávamos conversando sobre uma vida mediana rodeada de emoções medianas. Minha amiga, inteligentíssima, soltou durante a conversa essa frase que, além de linda sonoridade, representa para mim uma verdade quase que absoluta.

Ora, sabemos que a vida é intensa, e precisa da mesma profundidade para se viver bem. Nós, típicos amantes intensos da arte de viver, temos diariamente uma overdose de vida. Não é para menos que Fernando Pessoa escreveu: “Meu coração é um balde despejado”.

Aqueles a nossa volta, assustam-se a óbvia constatação que tudo pode virar uma novela mexicana melodramática, pergunto: a vida por si só, já não é uma novela mexicana melodramática?

A intensidade não dá espaço para o superficial , ao contrário, ela abre uma margem ampla para a sinceridade. Para os nossos questionamentos, não há espaço para respostas medianas e superficiais. Há entrega e verdade nos relacionamentos. Arranjar o equilíbrio exato entre o copo meio cheio e o copo meio vazio é uma arte possível e palpável, porém, muitas vezes irregular de quem diariamente quer entrar no mundo sem medo e sem freio.

Nós, os intensos, sentimos na pele a vida de forma especial e única. Falamos da vida e do medo que sentimos dela. Desejamos e rejeitamos uma vida mais ou menos de forma impulsiva, mas responsável.

A intensidade é sinal que estamos vivos e, mais do que nunca, respeitamos os sentimentos e emoções que nos transbordam e que são ignorados em uma sociedade torta.

Tudo o que fazemos e sentimos possui um significado intenso, profundo e verdadeiro. Então, se algum dias desses eu disser que gosto de você, é porque eu gosto de você.

Felipe Gabriel Schultze
Felipe Gabriel Schultze
Formado em Direito, escreveu os livros 'Federalismo Brasileiro' e 'Sede de Liberdade'. Escreve sobre reflexos do cotidiano.
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