quinta-feira, 28 de março de 2024
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O atentado terrorista ao aeroporto de Guararapes em Recife

Uma forte explosão fez tremer o saguão principal do aeroporto de Guararapes em Recife

No dia 25 de julho de 1966, uma forte explosão fez tremer o saguão principal do aeroporto de Guararapes em Recife. A onda de choque despedaçou a sacada de vidro do saguão, fazendo que estilhaços fossem projetados em todas as direções… Pessoas feridas, desorientadas, mortas… Sendo arrastadas… Fumaça, destroços… Caos, pânico… Confusão…

Naquela manhã, um guarda-civil, responsável pela segurança do aeroporto, viu uma maleta abandonada próxima a livraria “Sodiler”. Pensando se tratar de pertence esquecido por algum usuário do aeroporto, a pegou com intuito de deixá-la no “achados e perdidos”. Grande erro. Nesse momento houve a explosão. Não houve treinamento antibomba.

O guarda-civil Sebastião Thomaz de Aquino perdeu uma das pernas. Duas pessoas que estavam próximas a ele foram mortas pelos estilhaços do artefato. Um jornalista que teve seu abdômen dilacerado e um militar que teve o crânio esfacelado. Várias pessoas ficaram feridas, em menor ou maior gravidade. Um advogado, uma professora, um funcionário público e uma criança. Ao todo foram, aproximadamente, 15 vítimas, entre mortos e feridos.

O ocorrido em Guararapes não foi ato isolado. Somente naquele ano foram sete atentados à bomba em Recife; tendo como alvos lugares como a Câmara Municipal, a Assembleia Legislativa, um órgão do governo americano e uma entidade de representação de estudantes.

Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Régis de Carvalho e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes. O guarda-civil Sebastião Thomaz de Aquino feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns meses mais tarde, na amputação de sua perna direita, deformando grande parte do lado direito do seu corpo. O general Sylvio Ferreira da Silva teve fratura exposta, estourou um tímpano e perdeu quatro dedos da mão esquerda. Outras 12 pessoas contabilizariam os demais feridos no atentado.

Carlos Marighella ensinou o terror e hoje é visto por muitos como herói. Um embuste.

Houve atentados à bomba contra faculdades, cinemas, monumentos públicos, jornais, residências, empresas públicas e privadas, igrejas, autoridades públicas, dentre outros. Essa foi a resistência “democrática” que a intelectualidade brasileira diz ter havido durante o regime militar.

Atentado no Aeroporto de Guararapes em Recife
Sérgio Campregher
Sérgio Campregher
Sérgio Campregher é historiador pela Uniasselvi/Fameblu e fala sobre política nacional e internacional e curiosidades. Escreve de Blumenau.
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