quinta-feira, 28 de março de 2024
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Nossas loiras não são bagunça

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Blumenau tem loira a dar com o pé – tem loiro também, mas não importa, outra hora falamos deles. E a loira é sim um de nossos motivos de orgulho, por mais que a onda politicamente correta tente jogar a loirice para o segundo plano. A loira será sempre protagonista das campanhas publicitárias, faz parte da história, da identidade e do branding da cidade. Assim será até que todos os genes se fundam numa tonalidade menos caucasiana.

Dito isso, aí vem a deliberação: não vem brincar com nossas loiras! Cervejaria nenhuma tem o direito de desviar o foco da baixa aceitação de seu produto para os atributos físicos da loira blumenauense; não passará impune ao apelar para os baixos instintos com a inserção de ventinho em slow motion nas madeixas verafischerianas.

Nossas loiras não são “exatamente do jeito que você imaginou”, não são mercadorias; não podem ser usadas como moeda de troca na linguagem apelativa e pobre que substitui a falta de uma combinação semântica digna para atrair consumidores por trinta segundos de insinuação com atrizes de olhar lânguido e riso fácil.

Se a luminosidade das loiras atrai os olhares, pois bem, que assim seja. Daí a acreditar, ou tentar fazer acreditar, que é possível abusar da beleza delas para mascarar a falta de criatividade apelando para a imaginação rasteira, já é muita falta de moderação. Loira, morena, ruiva, negra… mulher blumenauense, catarinense, brasileira, all over the world, merece respeito!

Não vem botar locutor quarentão com meia dúzia de palavras de duplo sentido para insinuar que é só chegar, se hospedar e se servir de “loiras geladas” dispostas e prestativas.

Sua cevada intragável não irá desmerecer nossas loiras. Seu líquido de sabor “exótico” não vai se apoiar na luminosidade das mulheres desta cidade para chamar atenção e atrair para nossas festividades gente descomprometida com o respeito.

Loiros, morenos, ruivos, negros… todos nos unimos para defender a dignidade de nossas loiras. Loiros, morenos, ruivos, negros… todos nos unimos para defender a dignidade das mulheres de todos os tons. Pode vir fermentado que nós estamos destilados. Jogamos gelo na sua falta de bom senso; gritamos em caps look: NOSSAS LOIRAS NÃO SÃO BAGUNÇA!

Cícero Nogueira
Cícero Nogueira
Cícero Nogueira é jornalista.Viveu por 7 anos em Blumenau. Escreve do Rio de Janeiro.
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