quinta-feira, 18 de abril de 2024
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Movimento “O sul é meu país” completa 22 anos em 2014

Uma pesquisa realizada pelo GESUL (Grupo de Estudos Sul Livre) em 98 cidades com mais de 50 mil habitantes dos três estados da região sul — Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ouviu 38.752 eleitores com o objetivo saber a resposta dos eleitores sobre as seguintes perguntas:

Se o governo brasileiro permitisse um plebiscito para separar a região Sul, seu voto seria: a favor da separação, contra a separação, ou indeciso?

O resultado: 54,72% são favoráveis a separação e apenas 28,74% contra. O numero de indecisos ficou em 16,54%.

O maior índice de pessoas favoráveis está no Rio Grande do Sul, com 62,48% dos entrevistados; Santa Catarina registrou 52,47% de aprovação. A menor taxa de aprovação ficou no estado do Paraná, com 46,69%. Mas 20,16% dos paraenses estão indecisos, a maior taxa de indecisão registrada. E se somado aos favoráveis a separação, é o estado que mais deseja à república.

Sonho de independência

O movimento é uma instituição legalmente constituída no Brasil e está registrado conforme prevê a Lei no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas possuindo um estatuto devidamente registrado e aprovado em Assembléia Geral.

A entidade baseia-se no conceito de autodeterminação dos povos e não constitui um partido político, apesar de os seus fundadores estarem diretamente envolvidos com a política.

Segundo o estatuto do movimento, este declara-se supra-partidário, não podendo haver influência ou dependência de qualquer partido político em específico. A idéia é um separatismo independente de correntes políticas, desde que haja comprometimento com os valores democráticos.

Histórico de separatismo sulista

Historicamente a região sul sempre esteve ligada a movimentos separatistas, com o objetivo de criar uma república independente.

No século XIX, aconteceu a Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, que foi uma batalha entre a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul) contra o governo imperial, que acabou resultando na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Mas ela durou de 1835 a 1845, sendo incorporada ao império novamente.

Outro exemplo foi a República Juliana, uma nação proclamada na Província de Santa Catarina, o atual estado, que surgiu em 24 de julho de 1839 e foi extinta em 15 de novembro do mesmo ano após não ter conseguido expansão para a Ilha de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, que era a sede da província. Outro fator que contou para seu fim foi a intervenção das forças do Império para a retomada da região.

Propostas

A principal diferença em relação ao Estado brasileiro seria a inversão da lógica da arrecadação tributária: os municípios ficariam com 70% do arrecadado e a Confederação com o restante – apenas para manter as Forças Armadas e um Parlamento, que só se reúne quando surge a necessidade de convocação.

Segundo o movimento, outros fatores que motivariam a separação são o descontentamento com a democracia representativa brasileira e ausência de autonomia legislativa dos atuais estados brasileiros – que hoje têm restrições para editar leis.

Redação
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