Eu e um grupo de amigos estávamos conversando sobre os problemas alheios. Entre um gole de caipirinha e uma mordida na batata frita, os mais empolgados com o assunto tinham as respostas e criticas na ponta da língua sobre a vida de terceiros. Eu, em meu canto, observava e não me manifestava enquanto a conversa se delineava. Depois de alguns minutos, consegui encaixar meu pensamento no meio do falatório.
Nos últimos tempos, com as redes sociais, criamos um padrão para ser vivido. Tal padrão é quase que cinematográfico, inatingível e fictício. Acredito não ser legal ficar julgando o modo de se viver com critérios que são apenas tão nossos. Muitas coisas que não funcionam para nós, funcionam para os outros. Cada história é uma história, e nem todos cabem em um molde.
O lance, é que não existe uma fórmula pronta para se viver corretamente, o que existe, é viver à sua maneira. A vida não é feita para ser idealizada ou para suprimir as expectativas de alguém.
Se no borrão confuso que a existência se encontra existe uma regra, essa cartilha merece ser jogada no lixo imediatamente.
Viver é um caminho plural, que, diferente do que afirma o pensamento liberal, nem sempre se escolhe a estrada e o meio de locomoção para se realizar a travessia. É preciso respeitar e entender que os prazos dados pela sociedade nem sempre são reais, já que viver, é real.