quinta-feira, 25 de abril de 2024
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F1: Rosberg supera Hamilton na largada e vence na Áustria. Massa é terceiro

(AP)
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Bastou uma simples manobra na largada para o GP da Áustria se definir de vez. Com uma partida esperta e uma corrida inteligente, Nico Rosberg faturou mais uma vitória na temporada 2015, a terceira na chamada temporada européia da F1 e a segunda consecutiva em Spielberg desde a volta da prova austríaca no ano passado. Uma corrida marcada por punições quilométricas, pelo clima quente no paddock e pelos pit-stops, que ajudaram a determinar também o 40º pódio de Felipe Massa, o primeiro do brasileiro em 2015 e o segundo seguido da Williams.

Roberg manobra na frente de Hamilton na largada em Spielberg. A corrida estava definida (AP)
Roberg manobra na frente de Hamilton na largada em Spielberg. A corrida estava definida (AP)

Rosberg não teve muito com o que se preocupar logo após aplicar uma bela ultrapassagem sobre Lewis Hamilton logo na primeira curva e garantir a ponta já no início da corrida. O inglês tentou esboçar uma aproximação ao companheiro, mas teve alguns contratempos, como a punição de cinco segundos por ter, literalmente, passado por cima da linha branca na saída dos boxes. Com a vitória, Rosberg voltou a diminuir a diferença para Hamilton no campeonato, indo a apenas 10 pontos de diferença na briga pelo título.

Enquanto na ponta a corrida se definia, no grupo dos “outros” a prova seguia movimentada. Na briga pelo terceiro posto, Felipe Massa mostrou uma pilotagem constante e veloz, como tem se tornado rotina do brasileiro na Áustria. Para premiar um bom fim de semana, Massa foi “beneficiado” por um pit-stop desastroso da Ferrari de Sebastian Vettel, e subiu ao terceiro posto. Nas 10 voltas finais, o brasileiro soube como segurar o alemão na tentativa de retomar a posição e garantiu, por mérito, um pódio que veio em hora certa, emparelhando a “briga interna” com o companheiro Valtteri Bottas, que subiu no mesmo terceiro lugar na corrida anterior, no Canadá.

Um bom treino e um pit stop desastroso de Vettel deram a Massa o 40º pódio da carreira (AP)
Um bom treino e um pit stop desastroso de Vettel deram a Massa o 40º pódio da carreira (AP)

Batida de gente grande, agruras de Red Bull e McLaren, problemas de Nasr

Na largada, um curioso acidente causou o único safety-car da corrida. Largando entre os últimos, Kimi Raikkonen tentava galgar posições no meio do pelotão quando errou sozinho numa saída de curva e levou, na escapada, a McLaren de Fernando Alonso para o muro. Na colisão, o carro do espanhol acabou subindo no cockpit do finlandês. Uma batida de três títulos mundiais e que é apenas um ponto a mais nos problemas de ambos. Para Raikkonen, o futuro incerto que mais indica aposentadoria do que continuidade. Para Alonso, uma temporada sabática diante da anemia constante da McLaren.

Alonso passa por cima de Raikkonen no acidente causado pelo finlandês. Batida de gente grande na largada (TV)
Alonso passa por cima de Raikkonen no acidente causado pelo finlandês. Batida de gente grande na largada (TV)

Falando em McLaren, a equipe de Working teve outro fim de semana vexaminoso na F1. Prevendo uma corrida de testes e com a presença do novo presidente da Honda na torcida, o team fez apenas figuração e a prova de Alonso e Jenson Button não durou nem metade da corrida. Além do acidente do espanhol, Button recolheu mais cedo e não escondeu a frustração de mais um abandono precoce com o péssimo carro.

Quem também não teve um fim de semana dos melhores foi a dona da casa, a Red Bull. O time austríaco chegou a terra-mãe em guerra aberta com a Renault e a F1. O diretor da equipe, Dieter Masteschitz, não escondeu nada do descontentamento com a falta de potência dos motores franceses e o regulamento cruel que a categoria segue neste ano, chegando a (novamente) ameaçar sair do certame. Na pista, apenas Daniel Riccardo pontuou, num discretíssimo 10º lugar. Muito pouco para quem, ainda no ano passado, era uma “ameaça” a Mercedes.

Nasr voltou a sofrer com os freios do Sauber. Terminou em 11º, fora dos pontos (AP)
Nasr voltou a sofrer com os freios do Sauber. Terminou em 11º, fora dos pontos (AP)

Felipe Nasr também não teve um fim de semana tranquilo. O brasileiro voltou a sofrer com os problemas nos freios do Sauber, instalados com uma nova configuração no carro do brasiliense. Apesar da corrida combativa, com belas manobras e brigas de posição, Nasr terminou em 11º e, novamente, não conseguiu pontuar.

Os 10 mais – Corrida

1 – Nico Rosberg (Mercedes)
2 – Lewis Hamilton (Mercedes)
3 – Felipe Massa (Williams-Mercedes)
4 – Sebastian Vettel (Ferrari)
5 – Valtteri Bottas (Williams-Mercedes)
6 – Nico Hulkenberg (Force India-Mercedes)
7 – Pastor Maldonado (Lotus-Mercedes)
8 – Max Verstappen (Toro Rosso-Renault)
9 – Sergio Pérez (Force India-Mercedes)
10 – Daniel Riccardo (Red Bull-Renault)
11 – Felipe Nasr (Sauber-Ferrari)

Os 6 mais – Campeonato

1 – Lewis Hamilton (169)
2 – Nico Rosberg (159)
3 – Sebastian Vettel (120)
4 – Kimi Raikkonen (72)
5 – Valtteri Bottas (67)
6 – Felipe Massa (62)
11 – Felipe Nasr (16)

Rapidinha: “Reunião de bacana” no tirol

Da esquerda para a direita: Christian Danner, Riccardo Patrese (acima), Gerhard Berger (no carro), Niki Lauda, Jean Alesi (atrás de Lauda), Nelson Piquet (sentado em Lauda), Pierluigi Martini e Alain Prosto (de macacão preto). Os "bacanas" em Spielberg (Getty Images)
Da esquerda para a direita: Christian Danner, Riccardo Patrese (acima), Gerhard Berger (no carro), Niki Lauda, Jean Alesi (atrás de Lauda), Nelson Piquet (sentado em Lauda), Pierluigi Martini e Alain Prosto (de macacão preto). Os “bacanas” em Spielberg (Getty Images)

Já virou tradição na Áustria fazer reuniões entre pilotos e máquinas do passado. Foi assim em 2014 e voltou a ser neste ano. Uma divertidíssima reunião de lendas da F1 trouxe, por alguns momentos, a lembrança dos bons tempos da categoria a todos os aficionados pelo esporte. Oito pilotos, entre eles três campeões mundiais, estiveram juntos acelerando carros históricos e levando os torcedores a loucura e a nostalgia ao mesmo tempo.

Entre os campeões mundiais, estavam presentes nada menos que 10 títulos mundiais juntos. Niki Lauda e Alain Prost levaram juntos as McLaren-Porsche com a qual foram campeões em 1984 e 1985, respectivamente. Temporadas onde dividiram cockpit na tradicional equipe de Working, protagonizando algumas das brigas mais emocionantes da história da categoria. Uma reunião de ambos que já fazia tempo que não acontecia. Junto deles ainda, o super Nelson Piquet, acompanhado da Brabham-BMW de 1983, o primeiro F1 com motor turbo campeão mundial. Piquet não escondeu a alegria de rever amigos, antigos rivais de pista. O próprio Prost que o diga, com o “carinho especial” recebido por ele do brasileiro.

Além dos campeões, outros nomes marcantes também estiveram juntos dando o ar da graça e da nostalgia aos torcedores. Gerhard Berger fez os austríacos saudosos suspirarem ao vê-lo novamente com a Ferrari de 1988, responsável por quebrar a hegemonia das poderosas McLaren-Honda naquele ano com uma vitória épica em Monza, Itália. Falando em Ferrari, outra cara conhecida do time de Maranello presente era o francês Jean Alesi, que acelerou a Sauber-Ford de 1995, a primeira a levar estampada a marca da Red Bull, dona do autódromo.

Outros três nomes do passado também marcaram presença neste grande reencontro. O italiano Riccardo Patrese, segundo maior participante de GPs da história (256 largadas) conduziu um Renault de 1984. O alemão Christian Danner, um dos nomes mais populares do automobilismo alemão nos anos 80, guiou um Zakspeed de 1987. Já Pierluigi Martini, eterno piloto da Minardi, acelerou (ou ao menos, tentou acelerar) um monoposto do time de Faenza de 1987. No entanto, o italiano levou azar, o eternamente frágil motor Motori Moderni do bólido não aguentou e explodiu logo depois do início do desfile. Simplesmente, um momento único, coisa que trás inspiração para que se mude alguma coisa no atual cenário da F1, que não lembra nem de longe os anos agitados, furiosos e emocionantes destes mestres da velocidade do passado.

A F1 volta a se encontrar agora no dia 5 de julho, no palco mais tradicional do circo: O GP da Inglaterra. E todos os detalhes e acontecimentos da prova você acompanha aqui, no FAROL. Até lá!

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