sábado, 20 de abril de 2024
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F1: Hamilton vence a sexta no ano em grande dia de Grosjean

Grosjean teve apenas a lamentar a punição, que o fez largar em nono. Terminou em terceiro depois de uma prova combativa (AP)
Grosjean teve apenas a lamentar a punição, que o fez largar em nono. Terminou em terceiro depois de uma prova combativa (AP)

Olhando por alto, a voltinha da F1 no meio das Ardenas, na Bélgica, foi restritamente normal. Lewis Hamilton dominou de ponta a ponta outra vez, Nico Rosberg mostrou uma apatia violenta na briga pelo campeonato mesmo terminando em segundo e a Mercedes vence novamente. Apesar da aparente normalidade, a corrida teve emoções isoladas e interessantes. E enquanto a dupla das flechas de prata fingia que brigava, Romain Grosjean espantava os descrentes e levava a Lotus ao primeiro pódio em 2015, o primeiro desde 2013, quando o mesmo Grosjean subiu em terceiro nos EUA.

As voltas com crises financeiras, um processo judicial que pode impedir a saída do team da Belgica e na mira da Renault, que quer voltar a ter time próprio, o pódio da Lotus foi um alento diante dos contratempos da temporada. E Grosjean não começou bem. Caiu de quarto para nono no grid depois de tomar uma punição por trocar o cambio. No entanto, diferente do estilo estourado de sempre, correu com cabeça, galgou posições na briga direta e acabou ganhando “de presente” de Sebastian Vettel o terceiro lugar, depois que o alemão da Ferrari teve um pneu furado a uma volta do fim.

Largada: Hamilton e Perez despontam na Source. Rosberg sai mal e fica para trás (AP)
Largada: Hamilton e Perez despontam na Source. Rosberg sai mal e fica para trás (AP)

Quem também teve um saldo bem positivo na corrida além de Grosjean foram Daniil Kvyat e Sergio Perez. Em corridas combativas ambos mostraram domar o carro mesmo diante da inferioridade de equipamento para conquistar o quarto e quinto lugares, respectivamente. Perez jogou com a estratégia e aproveitou bem a boa posição de grid e fez uma prova boa como há tempos não fazia com o Force India.

Já Kvyat mostrou, novamente, muito talento e arrojo nas ultrapassagens. Travou um sem-número de vezes, jogou duro com os adversários e foi premiado com um bom quarto posto. Bem melhor do que a corrida do companheiro de Red Bull, Daniel Riccardo, terminada precocemente com problemas mecânicos.

Daniil Kvyat (foto) andou forte e conquistou um bom quarto lugar. Perez
Daniil Kvyat (foto) andou forte e conquistou um bom quarto lugar. Perez

As favoritas falharam

Vettel teve de sacrificar os pits para tentar o terceiro lugar. Acabou com um pneu furado e o 12º lugar (AP)
Vettel teve de sacrificar os pits para tentar o terceiro lugar. Acabou com um pneu furado e o 12º lugar (AP)

Mais próximas da Mercedes e favoritas na briga direta com as Mercedes, Ferrari e Williams tiveram um fim de semana tenebroso em Spa, sofrendo com erros, desgastes e falta de potência para combater os adversários. Celebrando o GP 900 junto do circo da F1 (a única em todas as temporadas da categoria), a Ferrari podia ter se saído bem mesmo diante da falta de força do engenho nas pistas de alta com a da Bélgica. Kimi Raikkonen trocou o câmbio, largou de trás e ainda tirou um sétimo lugar modesto, mas apagado.

Já Vettel tentou o quase impossível e acabou pagando alto. Não parou nos boxes pela segunda vez e sustentou com o que tinha o terceiro lugar até uma volta do fim, quando teve o pneu traseiro direito estourado no duelo com a Lotus de Grosjean. Ainda terminou em 12º lugar na classificação final.

Na Williams de Bottas, a gafe: Três pneus macios, um supermacio (TV)
Na Williams de Bottas, a gafe: Três pneus macios (faixa amarela), um supermacio (faixa branca) (TV)

A Williams simplesmente sumiu da prova, mesmo com o motor e o equipamento mais forte comparado a Ferrari. Largando mais a frente, Valtteri Bottas teve um domingo atribulado, ainda mais quando foi vítima do erro da equipe na parada, voltando a pista com três pneus macios e um supermacio. Trapalhada homérica e inédita que valeu uma punição com drive-through e o nono lugar no final. Nada anormal andar com pneus de composto diferente na pista (prática comum nos anos 80), mas em dias em que a cor da faixa denota o tipo do pneu, chega a soar como fantasia de festa junina.

Felipe Massa também sofreu com os problemas de pneus durante a prova. Largou mal, caindo para nono na largada, e teve dificuldades para brigar e manter posições a corrida inteira. Teve muita sorte de conseguir terminar em sexto, mesma posição do grid, depois do problema de Vettel. O xara da Sauber, Felipe Nasr, teve uma atuação discreta depois de uma péssima largada, terminando em 11º.

Massa: Assim como Bottas, os pneus prejudicaram o brasileiro. Largou em sexto e terminou no mesmo sexto (AP)
Massa: Assim como Bottas, os pneus prejudicaram o brasileiro. Largou em sexto e terminou no mesmo sexto (AP)

Com a sexta vitória no ano, Hamilton saiu ainda mais fortalecido para a fase final da temporada, teimando a dizer aos fãs da F1 que o campeonato já é dele e ponto final. Já Nico Rosberg, novamente, mostrou uma apatia e uma falta de reação tremenda diante do companheiro. Largou mal, chegou a segunda posição e não esboçou nenhum confronto com o companheiro. Para ser campeão, o alemão não terá apenas que fazer uma verdadeira “revolução”, mas um milagre em si mesmo para mudar a postura e brigar de vez.

Os 10 mais – Corrida

1 – Lewis Hamilton (Mercedes)
2 – Nico Rosberg (Mercedes)
3 – Romain Grosjean (Lotus-Mercedes)
4 – Daniil Kvyat (Red Bull-Renault)
5 – Sergio Perez (Force India-Mercedes)
6 – Felipe Massa (Williams-Mercedes)
7 – Kimi Raikkonen (Ferrari)
8 – Max Verstappen (Toro Rosso-Renault)
9 – Valtteri Bottas (Williams-Mercedes)
10 – Marcus Ericsson (Sauber-Ferrari)
11 – Felipe Nasr (Sauber-Ferrari)

Os 6 mais – Campeonato

1 – Lewis Hamilton (227)
2 – Nico Rosberg (199)
3 – Sebastian Vettel (160)
4 – Kimi Raikkonen (82)
5 – Felipe Massa (82)
6 – Valtteri Bottas (79)
13 – Felipe Nasr (16)

Hamilton faz positivo no pódio, confirma cada vez mais o favoritismo. Para Rosberg, falta reação (AP)
Hamilton faz positivo no pódio, confirma cada vez mais o favoritismo. Para Rosberg, falta reação (AP)

A F1 volta a reunir-se agora em setembro, no dia 6, quando os pilotos vão a Itália para pisar fundo num dos mais tradicionais e mitológicos templos da velocidade mundial: o Autódromo de Monza.

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