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A era do terror não acabou

Dois aviões como mísseis sobre o World Trade Center em Nova York; outra aeronave direcionada ao Pentágono e uma terceira, abatida na Pensilvânia. Cerca de 3.000 pessoas perderam a vida naquele dia, 11 de setembro de 2001. Após este “ataque à América”, nada será como antes. Logo, em outras latitudes, outros países se tornam alvo.

Enquanto as instituições americanas haviam sido alvo, anterior ao 11/09, da organização terrorista Al Qaeda, incluindo em 1993, o World Trade Center, é com este múltiplo ataque há 15 anos, que ficará claro a maneira genocida com que os terroristas iriam fazê-lo no futuro: com o sentimento islâmico da Jihad e seus objetivos geopolíticos.

As torres gêmeas em colapso, naquele 11 de setembro de 2001 em Nova York, foram escolhidas como símbolo da sociedade aberta que deveria ser combatida pela organização terrorista Al Qaeda.

Acreditava-se na esperança pós 11/09 de que o terrorismo islâmico (jihadismo em curso) seriam fenômenos temporários ou que poderiam ser derrotados com sucesso dentro de poucos anos. A realidade é totalmente inversa. Irá levar uma geração ou mais, para combater de fato o terrorismo, sem falar em sua política ideológica que atrai milhares de jovens, em diversos países.

Hoje grupos terroristas radicais islâmicos operam na Ásia Ocidental, na América Latina, no Oriente Médio, no Norte, Leste e Oeste da África. Muitos deles estão ligados ao chamado “Estado islâmico”, que tomou o lugar da Al Qaeda na ação militar e na reivindicação ideológica.

"9/11" tornou-se o símbolo de uma era caracterizada por conflitos difusos. Fonte da Imagem: The New York Times.
“9/11” tornou-se o símbolo de uma era caracterizada por conflitos difusos. Fonte da Imagem: The New York Times.

Eles tem na Síria e no Iraque sua base territorial, embora estejam sofrendo uma retração, continuam a servir como um espaço de transmissão para as mensagens de propaganda para o mundo. Em alguns países, operam relativamente intactos em outros, estão na defensiva. A ameaça é global, porque o raio de operação é global.

A duração e a intensidade da luta contra o terrorismo islâmico tem aumentado nas sociedades do Ocidente, especialmente na Europa e a sensação de insegurança, aumentou nos Estados Unidos.

Madrid e Londres foram atingidos pela ação terrorista da Al Qaeda em 2004 e 2005; os ataques recentemente na Alemanha, França e Bélgica foram em sua maioria perpetrados por jovens conectados a Jihad e que tinham recebido treinamento de terroristas na Síria e com “terroristas locais”.

EXPOSIÇÃO PERMANENTE: Retratos das vítimas no 11 de Setembro Memorial Museum em Nova York. Fonte da imagem: Ángel Franco / The New York Times.
EXPOSIÇÃO PERMANENTE: Retratos das vítimas no 11 de Setembro Memorial Museum em Nova York. Fonte da imagem: Ángel Franco / The New York Times.

Em 11 de setembro de 2001, o mundo aprendeu, o que jovens fanáticos muçulmanos são capazes. O Ocidente tem respondido de várias maneiras, e muitas vezes não muito inteligente.

Na luta contra o terrorismo do “Estado Islâmico”, da Al Qaeda e todos aqueles que os adoram imitar, todos os instrumentos disponíveis devem ser usados: militar, policial, inteligência, ideológica e a educacional. Mas uma questão permanece sem solução, depois de quinze anos: qual o meio mais eficaz para combater a vulnerabilidade na radicalização de tantos jovens pela Jihad?

O autor é Historiador.

Fontes: Frankfurter Allgemeine, The New York Times.

Sérgio Campregher
Sérgio Campregher
Sérgio Campregher é historiador pela Uniasselvi/Fameblu e fala sobre política nacional e internacional e curiosidades. Escreve de Blumenau.
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