quinta-feira, 28 de março de 2024
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Em vez de reforma politica precisamos de mudança de atitude

Parte da população afirma que acordou, que agora não é como antes e que agora vai cobrar. São muitas as reivindicações saúde, transporte, segurança, educação. Mas será que a população realmente faz a sua parte? Verificando os resultados das ultimas eleições municipais, disponíveis no site do TRE/SC, podemos chegar a conclusão que isso talvez não aconteça.

Afinal até agora uma parte do povo estava se abstendo da sua principal arma para mudança que é o voto. Entra eleição e sai eleição a história é sempre a mesma: todos clamam e anunciam a quatro ventos que estão descontentes que tem que mudar, mas no fim não fazem a sua parte. Muitos nem votam e não exercem o seu papel de cidadão, veja:

  • Em Indaial de 39.200 votos foram 12% de abstenção que corresponde a 4894 votos – nulos foram 3,31%  e brancos 4,24%, que juntos representam 2590 votos.
  • Em Blumenau de 230.064 votos foram 13,96% de abstenção que representam 32116 votos – nulos 4%, que correspondem a 7.922 votos e brancos foram 2,23%, que corresponde a 4.419 votos.

Votar em alguém significa que confiamos e estamos satisfeitos com as propostas ou até com o trabalho do candidato. Se reelegemos um candidato isso significa que aprovamos o trabalho e que confiamos no partido no qual ele representa mas se nos abstemos ou anulamos mostramos que estamos indiferentes e que não queremos mudar.

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Charge de Ivan Cabral

Se você quer realmente mudar o país, que comece mudando a sua atitude e o seu voto. Hoje reclamamos que a politica não muda mas também não mudamos nossas atitudes. Quantos de nós participamos efetivamente da vida política da nossa sociedade? Não necessariamente de partidos políticos como filiados ou candidatos.

Como posso ajudar?

Existem inúmeras maneiras de lutar por melhorias das condições de vida. As associações de moradores são um importantíssimo espaço de participação e podem conquistar muitas melhorias para o povo, mesmo assim poucas pessoas dedicam uma parte de seu tempo para ajudar. Outro exemplo é o projeto amigos da escola

Os conselhos de políticas públicas são instancias de acompanhamento e fiscalização das ações dos governos, e também são ocupados por uma mínima parcela da população. Sem falar nas sessões das câmaras de Vereadores que sempre estão vazias, sem a presença do povo para acompanhar a atuação daqueles que elegemos, restando somente o direito de reclamar depois que as coisas são decididas.

O hábito comum de pensar que os eleitos são super-heróis e que por si só farão tudo o que precisa ser feito é prejudicial. Essa atitude abre precedentes que facilitam a atuação dos mal intencionados que podem agir muitas vezes inescrupulosamente e sem medo, pois ninguém estará olhando. Se as pessoas participassem mais da política e cobrassem no dia a dia dos eleitos uma boa representação, certamente as coisas seriam diferentes. Certamente os eleitos andariam mais na linha, pois teriam que mostrar o que estão fazendo, uma vez que o povo lembrar-se-ia de suas ações na hora de encarar as urnas.

Colaboração Cheick Eduardo Boell

Jonatas Mizael Rosenbrock
Jonatas Mizael Rosenbrock
Jornalista e historiador
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