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Dia Internacional em memória das vítimas do holocausto

Auschwitz é o símbolo do Holocausto, o assassinato sistemático dos judeus da Europa. O maior campo de concentração alemão é um símbolo do sofrimento que as pessoas podem infligir a outras pessoas. Auschwitz não só representa os crimes dos alemães, mas também a “ruptura da civilização” – a possibilidade que toda sociedade carrega dentro de si. Porque Auschwitz é um produto da era moderna – e é, portanto preciso lembrar as nações civilizadas que a vitória das ideias democráticas não as preserva dos recuos e a que a razão democrática, não é o credo de toda a humanidade.

TOLERÂNCIA ZERO CONTRA O ANTISSEMITISMO

Berlim – 27.01.2019 – Por ocasião do dia em memória das vítimas do Nacional-Socialismo, a chanceler Angela Merkel apela a todos os indivíduos para que não tolerem o antissemitismo, o ódio e a ilusão racial. “Este dia nos  lembra o que o racismo, o ódio e a misantropia podem fazer”, disse a chanceler Angela Merkel em seu podcast de vídeo semanal. Cada indivíduo na sociedade tem a tarefa de “também assumir a responsabilidade de mostrar tolerância zero ao antissemitismo, misantropia, ódio e desilusão racial”. “E infelizmente isso é muito urgente em nossos tempos.”

O LEMA CÍNICO DE AUSCHWITZ: "O TRABALHO LIBERTA"
O LEMA CÍNICO DE AUSCHWITZ: “O TRABALHO LIBERTA”

NOSSA CULTURA DA LEMBRANÇA ESTÁ DESMORONANDO

Neste dia 27 de janeiro de 2019, DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, fez campanha por novas abordagens para lidar com os crimes nazistas.

Memoriais também devem ser locais de aprendizagem, afirmou o político do SPD. “Para aqueles que nasceram hoje, por exemplo, a noite dos Cristais está muito distante. E esta distância faz desaparecer a memória”. 

O tempo, a idade está chegando para as testemunhas oculares que não poderam mais relatar a injustiça nazista, escreveu Maas. “Nossa cultura de recordação precisa se adaptar a isso (…) O que precisamos agora são novas abordagens para usar experiências históricas para o presente, e nossa história tem que se tornar ainda mais um projeto de memória, um projeto cognitivo.”


O ministro adverte: “Nossa cultura de memória está desmoronando. A ignorância, especialmente dos jovens alemães (revela uma pesquisa recente da CNN),  40% sabem muito pouco sobre o Holocausto. Estes são números chocantes que não podemos ficar de braços cruzados, temos que preservar as histórias das pessoas que podem dizer de sua própria experiência do incompreensível.

O LEMA CÍNICO DE AUSCHWITZ: “O TRABALHO LIBERTA”

Assim como o Holocausto começou em Auschwitz, terminou com a libertação do campo. No final da guerra, a matança continuou. Ainda em abril, pelo menos 7.000 prisioneiros foram assassinados no campo de concentração de Buchenwald. E mesmo nos últimos dias da guerra, os excessos de violência contra os judeus são documentados. Embora Auschwitz fosse o maior campo de concentração da Alemanha, não era o único: a Alemanha e as áreas anexadas eram cobertas por uma densa rede de campos. As secretas “fábricas da morte”, onde os prisioneiros eram castigados nas câmaras de gás. Os campos de concentração estavam em toda parte no coração da Alemanha: em Buchenwald, perto de Weimar, em Neuengamme, perto de Hamburgo, em Sachsenhausen, não muito longe de Berlim e em Dachau, a poucos quilômetros de Munique. Além disso, existem Flossenbürg, Mittelbau-Dora, Mauthausen, Ravensbrück, Bergen-Belsen e inúmeros acampamentos satélites. Todos esses nomes – assim como Auschwitz – representam os crimes dos nacional-socialistas. Mais uma vez, sob condições desumanas, as pessoas foram forçadas a trabalhar para a morte, baleadas e enforcadas, morreram de fome, congelaram ou morreram como resultado de experimentos médicos.

Sérgio Campregher
Sérgio Campregher
Sérgio Campregher é historiador pela Uniasselvi/Fameblu e fala sobre política nacional e internacional e curiosidades. Escreve de Blumenau.
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