Traute Lafrenz, a última sobrevivente do grupo de resistência ROSA BRANCA (Weisse Rose) faleceu aos 103 anos.
“Ela é uma heroína da liberdade e da humanidade”, disse o Gabinete do Presidente Federal Frank-Walter Steinmeier (1956) ao conceder a Traute Lafrenz a Cruz do Mérito Federal em 2019. Lafrenz morreu em 6 de março no estado americano da Carolina do Sul. A informação foi divulgada pela Weisse Rose Foundation.
Lafrenz foi um dos poucos “que, diante dos crimes dos nacional-socialistas, teve a coragem de ouvir a voz de sua consciência e se rebelar contra a ditadura e o genocídio dos judeus”, disse o presidente federal Steinmeier. Lafrenz foi uma mulher que arriscou a vida para resistir ao regime nazista – como integrante da Weisse Rose, à qual também pertenciam os irmãos Hans e Sophie Scholl.
Último sobrevivente da Rosa Branca
Lafrenz nasceu em Hamburgo em 1919, formou-se no colegial, depois estudou medicina em Munique e lá conheceu Hans Scholl. Então ela passou a fazer parte do grupo de resistência estudantil. Lafrenz era considerada o elo entre as ramificações da Weisse Rose em Munique e em Hamburgo, para onde trazia folhetos.
Hans e Sophie Scholl e Christoph Probst, os líderes da Weisse Rose, foram presos pela Gestapo em 1943 e posteriormente executados na guilhotina. Lafrenz também foi presa e condenada a um ano de prisão. Mais tarde, foi dito que ela conseguiu esconder sua participação real na resistência.
Pouco depois de sua libertação, Lafrenz foi presa novamente e cumpriu um total de quatro prisões alemãs. Em 1945 ela foi libertada pelos americanos. Em 1947 emigrou para os Estados Unidos, onde completou os estudos de medicina, casou-se, teve quatro filhos e finalmente administrou um lar para crianças deficientes. Ela morou em San Francisco, Chicago e, mais recentemente, na Carolina do Sul.