Desde 1959 em Cuba o governo ditatorial stalinista dos irmãos castro haviam decretado a pobreza mais austera, qualificando-a de virtude revolucionária e declarando o consumismo um crime de lesa-humanidade. Tudo os que os cubanos supostamente precisavam para alcançar a felicidade total era um mínimo de comida e roupas para subsistir.
Revolucionário, portanto, não era viver confortavelmente, mas sim sobreviver as duras penas, lema que, além de tudo, garantia ao governo marxista a existência de uma cidadania apática e sem expectativas, um estado de ânimo perfeito para obedecer sem reclamar.

Com efeito, o mundo livre observa desde 1959 a encenação da ditadura mais prolongada da história na América Latina, embora ninguém saiba exatamente quando terá início o desmantelamento do regime stalinista que mantém a população isolada, com uma única emissora de TV, um único jornal impresso e um povo submerso na ideologia e na ignorância.

Em 25 de novembro de 2016 os cubanos se viram livres da verborragia do ditador Fidel, que mantinha discursos de até 07 horas, iludindo gerações com afirmações de que a riqueza é concebida como um bolo que só precisa ser bem repartida para que se acabe a pobreza. Por 57 anos Castro fez isso: dividiu o que havia em Cuba e, com exceção da burocracia dirigente, que tem todo tipo de privilégios, os cubanos da ilha tornaram-se todos pobres.
Em 12 de julho de 2021 o povo foi as ruas. “O povo cubano não está na rua pedindo remédio, não está na rua pedindo comida. Eles estão nas ruas exigindo liberdade”, assim disse Orlando Gutierrez-Boronat, um exilado cubano e proeminente defensor dos direitos humanos em Miami.

“O que eles estão dizendo é que não querem um amanhã com o Partido Comunista no comando”.
Em 1989 o fim da Alemanha Oriental sucumbiu o socialismo, a maior mentira da história, que prometia a felicidade estatal coletiva para obter vantagens privativas, comercializando a solidariedade e industrializando a boa fé. Em 2021 em Cuba, o truculento guisado tropical socialista, leva de tudo, menos os ingredientes de uma autêntica democracia, pois o que procura, acima de qualquer coisa, é disfarçar de projeto revolucionário um apetite desmedido pelo poder absoluto.