Queria queimar o mundo, antes queria sentir o mundo, tinha fome de gente, de histórias, de vida.
Para conhecer o mundo queria entrar na vida de todos, conhecer todos, falar com todos, vivenciar todos. Foi isso que fez.
Entrou em todas as casas, conheceu todas as famílias, brigou com todos, fez as pazes com quase todos, conheceu o ódio e o amor, o belo e feio.
Soube que, de perto, todos eram iguais.
Todos sonhadores, aprendizes da felicidade, viciados, heróis, amigos. Eram o tudo em um. Eram a vida e a morte. Eram o amor e o ódio. Eram o egoísmo e a benevolência.
Ele entendeu, não existiam sentimentos errados, todos os sentimentos eram ilusões embaçadas dos fatos. Ele, retirando os tênis velhos notou que não exista o bom e o mal, havia somente o existir. Não haviam decisões, havia a soma dos erros. Não haviam medos, apenas o medo do desamor
A ganância era uma crise existencial era a busca pela felicidade. Todos eram heróis e vilões. E ele amou todos.
Não queimou mais o mundo, nem fugiu dele, queria agora apenas viver