A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Indaial atende alunos com autismo e deficiência intelectual desde 1970. Atualmente são 135 alunos com tratamento especializado para cada necessidade. A entidade surgiu porque os pais não conseguiam matricular os filhos nas escolas regulares. A Apae se mantém através de Convênios com a Fundação Catarinense de Educação Especial, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Prefeitura Municipal e Sistema Único de Saúde (SUS). Porém participação da sociedade é fonte de receita mais importante.
Trabalho e dedicação
Até a década de 90 eram atendidos alunos surdos e até crianças com dificuldade na aprendizagem, mas a pluralidade de necessidade dos alunos dificultava o trabalho. Atualmente a instituição atende pessoas com deficiência intelectual média, severa e profunda. O objetivo é incluir os alunos na sociedade e os possibilitar de fazer coisas simples, que para eles, é um grande desafio. Além de 20 pedagogas, a entidade conta com fonoaudiólogo, psiquiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social, psicóloga e pediatras.
A direção tenta incluir o aluno na escola regular o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que frequenta a entidade, fazendo com que seu desenvolvimento seja mais rápido. Na Oficina Terapeutica Protegida, 38 adultos com deficiência intelectual são preparados para a inserção no mercado de trabalho. Lá eles fabricam estopas, tapetes e papel reciclado. A renda é revertida para realização de jantas e viagens para parque de diversões e atividades que os próprios alunos sugerem. O clima nas alas é sempre de alegria, “os alunos são educados e alegres. Gosto de trabalhar aqui” disse a merendeira Arli Bueno da Paixão, de 46 anos.
A estrutura
Além dos profissionais responsáveis pela educação, a instituição emprega uma secretária, auxiliares de serviços gerais, motoristas e roteiristas. “Eu acompanho os alunos, coloco eles dentro do ônibus, arrumo o cinto de segurança e também levo eles para casa” disse Zeca, ex-aluno da Apae que trabalha como roteirista. Cerca de 90% dos 135 matriculados dependem de transporte, desde recém-nascidos até idosos de várias localidades de Indaial.
A maior turma é o Centro de Convivência Ocupacional, 45 alunos com mais de 16 anos e necessidades diferentes frequentam todos os dias aulas de artesanato, pinturas, jogos, educação física, artes e informática. Alguns alunos cantam e se divertem, já outros tem tendência a não se socializar tão facilmente. Mas o clima é sempre de felicidade, “eu trabalhava no ensino regular, porém me encontrei aqui na Apae. Quando eles conseguem progredir é uma recompensa para mim” disse Maristela Michels Welter, de 36 anos, professora do serviço de atendimento educacional especializado (SAEDE).
Papel da sociedade
Diversos eventos são realizados para arrecadar fundos a fim de manter a qualidade no atendimento. Na última semana foi realizado um bazar de produtos doados pela receita federal. Na manhã do dia 8 de junho será realizado um pedágio, e no dia 10 de julho um café colonial. A receita obtida com esses eventos é de extrema importância para a entidade. Qualquer pessoa ou empresa pode ajudar a Apae com doações, é muito fácil. Para mais informações ligue: 3333-0032.