sexta-feira, 19 de abril de 2024
19.1 C
Blumenau

Caminhoneiros rejeitam nova proposta do Governo Federal

Manifestação a favor dos caminhoneiros em Blumenau (Filipe Rosenbrock - Farol Blumenau)
Manifestação a favor dos caminhoneiros em Blumenau (Filipe Rosenbrock – Farol Blumenau)

Uma reunião entre o Governo Federal e representantes dos caminhoneiros neste domingo (27) em São Paulo não levou ao fim da paralisação nacional. Os grevistas consideraram insuficiente o tempo de redução nos preços do diesel oferecido, pois queriam 60 dias sem reajustes e o governo não cedeu.

A equipe do presidente Michel Temer prometeu tomar duas medidas: a isenção de cobrança do pedágio com o terceiro eixo levantado e o desconto no diesel de 46 centavos na bomba de combustível, e não de forma indireta.

Apesar da negativa, as negociações continuam no Palácio do Planalto e um acordo pode ser fechado ainda neste domingo. Informações de bastidores apontam que o governo poderia promover um corte de impostos para o fim da greve.

A retomada das tratativas está sendo atribuída ao governador de São Paulo Márcio França, que conseguiu um acordo com os motoristas para desbloquearem as rodovias estaduais e estacionarem às margens e em pátios.

Outras propostas

Na noite de quinta-feira (24) o governo ofereceu outros pontos em um acordo que acabou não vingando, pois os trabalhadores não se sentiram representados pelos representantes chamados para a negociação. Os pontos eram:

  • Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. Nesse período, o valor referência será de R$ 2,10 nas refinarias
  • Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em R$ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação à petrolífera.
  • A cada 30 dias, o preço do diesel será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.
  • A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai contratar caminhoneiros autônomos para atender até 30% da demanda de frete. O governo editará uma medida provisória.
  • Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas
  • Tabela de frete será reeditada a cada três meses
  • Cide, imposto que incide sobre os combustíveis, será zerado em 2018
  • Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas
  • Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas com órgãos responsáveis
  • Entidades e governo terão reuniões periódicas a cada 15 dias
  • Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços
Redação
Redação
Acompanhe nosso trabalho diariamente.
+ notícias

Últimas notícias

- publicidade -

Mais lidas