Uma pesquisa realizada pelo Datafolha – instituto de pesquisa pertencente ao Grupo Folha – apontou que 47% do eleitorado brasileiro diz ter posição política de “direita”. Outros 23% se definiram como “centro” e apenas 30% dos eleitores têm posição política de “esquerda”. A mesma pesquisa também registrou que mais da metade da população brasileira é conservadora, ou seja, é contra a legalização do aborto e das drogas, além de defender medidas mais rigorosas para o combate ao crime.
Até o atual momento da pré-disputa pela presidência, nenhum pré-candidato havia se apresentado como conservador e representante da direita, pois todos se concentram no centro. Entretanto, o Pastor Everaldo, do Partido Social Cristão (PSC), surge como um candidato conservador e representante da direita ”pura” no país. Logo, o seu partido é contra o aborto, as drogas e defende a redução da maioridade penal.
Outros posicionamentos conservadores também marcam a retórica de Everaldo: reequipar as polícias, as Forças Armadas e incentivar a formação profissionalizante na educação militar. Além disso, ele assumiu um discurso que teoricamente deveria ser dos tucanos: Everaldo defende em seu programa eleitoral que é um “privatizador” e disse que “tudo que for possível tirar da mão do estado e da corrupção para passar para a iniciativa privada […] nós vamos fazer.”
O candidato também acusa o governo atual de ser estatizador. Com críticas à atual administração, o candidato afirma que pode ser o “fiel da balança” para levar a disputa presidencial para o segundo turno. Até então, parece que o resultado é positivo: quando começou a ser vinculado nas pesquisas, tinha 1% das intenções de voto. Já na última análise, apontou com 4%. Se a direita conservadora precisava de um representante, a questão foi solucionada.
