terça-feira, 16 de abril de 2024
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A pressão ta aumentando…

A minha geração, vive em um mundo muito fácil daquele que nossos pais, tios e amigos mais velhos já viveram um dia. Tudo é fácil: comprar um produto sem sair de casa, internet para os trabalhos escolares e netflix para as horas livres. A sensação é que tudo que a gente precisa esta na palma da nossa mão.

É muito legal, verdade, mas isso não indica que a vida esta mais simples e que somos uma geração privilegiada pelo maravilhoso mundo que os mais velhos nos deixaram.

Ao contrário, estamos correndo contra o prejuízo.

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Não sei se estamos cada vez mais subjetivos, nossas demandas aumentaram, ou abrimos a porteira para uma crise existencial, mas viver nunca foi tão complicado.

O século XXI aumentou a cobrança em cima de nós e esmagou nossas vontades, nossa felicidade, ficou em segundo plano.

Ganhar dinheiro logo, sucesso na vida profissional, casar, ter filhos, se formar, passar naquele concurso,  mestrado, doutorado, inglês, espanhol, carteira de motorista,  ufa! seguir o velho roteiro batido ainda tem importância e é a principal sinopse do velho filme recheado de clichês.

Vezes que é difícil suportar o peso do mundo.

Sabe-se que esse século  aumentou em 10 % a expectativa de norte americanos a terem depressão e no mundo o aumento  é de 5%  (Dados: Andrew Salomon, o demônio do meio dia).

Talvez,  estejamos com novos conceitos, novas reflexões, sedentos por liberdade. Tudo isso é de difícil encaixe e aumentam as pressões que por si só são esmagadoras.

Estão com dificuldades de entender que se antes do dinheiro se busca um bom ambiente de trabalho, antes de um relacionamento se busca uma parceria, antes do trabalho a busca por uma vocação, antes  de carros o curtir de viagens e antes da técnica o sabor do conhecimento.

Os juízes do dia a dia  não entendem que a  busca “felicidade” pode não implicar necessariamente em um emprego de sucesso ou um casamento estável e que seu conceito é longo, elástico e maleável.

Ou não entendem o que é querer sentir a felicidade, ou querem apenas viver e morrer. Talvez eu seja um ponto fora da curva, meus amigos, conhecidos sejam o paralelo, mas a tendência de ser querer ser feliz e colocar em cheque o que o tradicional velho mundo diz  é crescente.

Somos o paralelo e não há uniformidade que me segure.

Felipe Gabriel Schultze
Felipe Gabriel Schultze
Formado em Direito, escreveu os livros 'Federalismo Brasileiro' e 'Sede de Liberdade'. Escreve sobre reflexos do cotidiano.
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