sexta-feira, 29 de março de 2024
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Blumenau

USFC em busca de expansão

Há anos, surgiu um movimento na cidade de Blumenau que visava a inclusão de cursos de graduação federais na cidade, a qual representa o único pólo regional do Estado que nunca foi contemplado com um campus de universidade pública.

O movimento nasceu e tomou corpo na única Universidade de Blumenau, o que poderia parecer um paradoxo. Mas o fato é que havia o interesse que esta universidade, a FURB, fosse federalizada e se tornasse um braço da UFSC.

Motivos burocráticos impediram essa incorporação – é sabido que a FURB é uma instituição mezzo privada, mezzo municipal. Este foi o empecilho maior à negociação – não há como estatizar o que já é público. A grande mobilização e número de assinaturas, entretanto, não passaram em branco, e deve ter sensibilizado e (finalmente) interessado a administração da Federal.

De acordo com o pró-reitor de graduação, Rogério Luiz de Souza, a UFSC pretende expandir-se para outras cidades do Vale, mas os primeiros cinco cursos terão lugar na terra da Oktoberfest. São eles: as Engenharias Têxtil, de Controle e Automação, de Materiais e as licenciaturas de Matemática e Química, com previsão de 500 vagas.

O pró-reitor avaliará condições geológicas, climáticas e de valores de 15 terrenos, trazendo previsões de expansão de alunos e professores para os próximos 5 anos, mas não mencionando um possível aumento de cursos.

O fato é que o MEC, por intermédio da Universidade Federal, não está nos fazendo nenhum favor. E o Estado de Santa Catarina, que já inaugurou campi da UDESC em quase todas as regiões do Estado, também não. Blumenau sempre foi marginalizada nas cotas de investimentos do Estado, e mais ainda pela União, principalmente se pensarmos em Ensino Médio e Superior.

Além da capital e da parte nobre do litoral, nos últimos anos regiões como a de Joinville (do ex-governador Luís Henrique da Silveira) e a de Lages (do atual governador Raimundo Colombo) têm recebido investimentos exponencialmente maiores do que o Vale do Itajaí. Estamos esperando o dia em que nossa cidade e região irão receber não apenas esmolas e migalhas, mas atenção, respeito e – evidentemente – dinheiro. Precisamos, nós também, de expansão.

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